segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Entre a mentira e a escuridão

Mentir às vezes é necessário. E não necessariamente uma mentira foi utilizada para prejudicar outra pessoa. Às vezes, ocultar a realidade pode ser vital para a autosobrevivência.



Essas afirmações podem ser amorais? O dono deste blog enlouqueceu! Não. Talvez, o preço da mentira seja alto. Demasiadamente alto. Custa noites de sono mal dormidas, taquicardias, medos, inquietações. A paz de espírito é afugentada. É necessária uma barganha imensa, repleta de respirações, orações, transpirações para que, com ele, também retorne o sono. O sono tranquilo dos justos.

A mentira é uma tênue linha, que divide a nossa consciência entre a calma, a lucidez, de um lado, e as perseguições da nossa moral de outro. E o indivíduo caminha, na ponta dos pés, timidamente, para que não possa cair de um lado ou de outro. Para abafar o som de um coração que insiste em denunciar aos outros aquilo que lhes está encoberto sobre os olhos. Que insiste em tirar das regiões púberes a pobre folhinha que esconde as vergonhas, denunciadas pelo prazer do fruto proibido e de toda a perigosa liberdade que lhe advém. Uma liberdade que pode trazer muitas recompensas. Mas a um preço elevado.

Porém, resta-nos a verdade? Talvez, a minha falta de sono seja um sinal a procura desta noção.

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