domingo, 17 de fevereiro de 2008

Desejos...

Não! Não quero sentir minha quente carne em contato com a fria lage! Enterrem-me na grama, na terra. Não deêm mais trabalho aos vermes para deglutir este corpo macerado pelas ondas da existência e transformá-lo em energia renovada e vida... Quero ficar debaixo de uma árvore frondosa, de preferência no parque do ibirapuera, sentido os raios do sol e as gotas de chuva perpassarem e ultrapassarem os tênus, invisíveis e intangíveis fios de minh´alma...

Tudo isso porque não sei controlar o meu desejo, que me leva à autodestruição. Quero pegar o sol! Mas não posso... Tal como Icaro, morrerei icinerado milhões de anos-luz antes de poder vislumbrá-lo

Quero beber toda a água do mar! Me é impossível... toda a água do mar não caberia neste mísero corpo e me seria doentio dar vazão a todo este sal...

Então, o que fazer com este desejo? Contentar-me com a minha simples condição de humano?

Deus, para mim, não me é mais um mistério. Sinto-o dentro de mim, caminhando comigo. Meu grande mistério sou eu!

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